Luto: Entre ecos e silêncios
- Luigi Francesco Pavanello

- 21 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de nov.
Introdução

Quando perdemos algo ou alguém significativo, sentimos uma discrepância entre nossas sensações internas e a realidade externa. O corpo carrega a memória daquela presença, enquanto o mundo exterior relembra a ausência. É como se a pessoa amada continuasse a ecoar em nossos ouvidos, a nos acompanhar em nossos pensamentos. E como poderia ser diferente? alguém que importava muito para nós se foi.
As 5 Fases do Luto
Elizabeth Kübler-Ross, psiquiatra suíça, descreveu cinco fases do luto que nos ajudam a entender o processo de lidar com perdas. É importante ressaltar que cada um experimenta o luto de uma maneira e essas cinco fases podem acontecer em uma ordem diferente ou podem não acontecer todas as 5, mas é importante entendê-las para compreender o seu próprio processo.
Negação: Nesta fase, a realidade da perda é difícil de aceitar. Pode haver uma sensação de entorpecimento e incredulidade. As pessoas frequentemente se protegem da dor imediata com pensamentos como "isso não pode estar acontecendo".
Raiva: À medida que a realidade começa a se infiltrar, a dor se manifesta através da raiva. Este sentimento pode ser dirigido a objetos inanimados, estranhos, amigos, ou até mesmo à pessoa perdida. Perguntas como "Por que eu?" ou "Como isso aconteceu?" são comuns.
Barganha: Nesta fase, tentamos recuperar o controle através de uma série de "e se" e "se ao menos". Muitas vezes, buscamos maneiras de reverter ou minimizar a perda através de promessas ou acordos com forças superiores.
Depressão: Conforme a pessoa começa a entender a magnitude da perda, uma tristeza profunda se instala. Esta fase é marcada pela introspecção, refletindo sobre o que se perdeu e o impacto da ausência em sua vida.
Aceitação: Finalmente, chega-se a um estado de aceitação. Não significa que a dor desapareceu, mas que a pessoa consegue encontrar um modo de seguir em frente, incorporando a perda como parte de sua história de vida.
Conclusão

Processar o luto não é sinônimo de esquecimento. Pelo contrário, trata-se de honrar a memória da pessoa amada ao longo de toda a sua existência, inclusive neste momento em que ela já não está entre nós. Este processo é uma forma de respeitar o amor que nutrimos, permitindo-nos lembrar com carinho e seguir adiante com gratidão pelas memórias partilhadas.
Caso você esteja passando por um processo de luto, a terapia é um ótimo espaço para trabalhar e processar esse sentimento, entre em contato comigo e vamos juntos construir uma nova forma de viver.


